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Fruto saboroso, mas também um hortícola versátil, as características nutricionais e a origem do tomate fazem dele um rei na gastronomia mediterrânica.

Há a dúvida eterna se primeiro surgiu o ovo ou a galinha, e se o tomate é um fruto ou um legume. É sem dúvida um fruto, mais até do que uma banana ou um morango, que não têm sementes no interior. Mas as características a fazer lembrar um legume, a sua diversidade e a ampla utilização gastronómica fazem do tomate um dos alimentos mais versáteis. Os benefícios para o organismo, nomeadamente a saúde cardiovascular, também ajuda a que possa facilmente estar presente em todos os pratos e todas as refeições de um dia.

 

A origem do tomate explica o seu sucesso

Nascido e cultivado nas montanhas dos Andes, o tomate fez uma longa viagem pelo Atlântico nos navios espanhóis no início do século XVI, e rapidamente se espalhou por Itália, Portugal ou França. A exploração marítima mundial, nomeadamente pelos portugueses, levou a que o tomate chegasse gradualmente a todo o mundo.

Frequentemente tem uma cor vermelha viva ou rosada, mas com capacidade de mutação rápida, o tomate pode ostentar diferentes formatos, texturas e cores. Essa é, aliás, uma das explicações possíveis para o seu nome em Itália - pomodoro, maçã dourada - que se atribui ao facto de os primeiros tomates a chegarem lá serem amarelos. Curiosamente, nalguns países do centro e norte da Europa, começaram por cultivar os tomates como planta ornamental: a cor vibrante dos frutos era apelativa, mas, ao mesmo tempo, temiam que fossem tóxicos.

 

Em Portugal, o tomate é rei

Seja num molho de tomate caseiro com frutos do nosso quintal, comprado fresco nas bancas de venda ou processado de diversas formas, como na ampla gama de produtos Da Horta, sem esquecer o tomate seco que se pode guardar e adicionar a diversas receitas, o tomate domina a agricultura e a mesa dos portugueses.

Enquanto hortícola, o tomate é mesmo o mais cultivado, tendo representado acima de 120 mil toneladas em 2022, à frente do repolho, cenoura, abóbora ou cebola. A nível mundial, apesar da dimensão reduzida, Portugal é o 7.º maior produtor mundial de tomate processado.

Foi com o tomate que a Compal começou a sua atividade, há mais de 70 anos, sempre assente em ingredientes naturais, tomates portugueses do Ribatejo. O tomate continua a ser uma das áreas essenciais da empresa, com a gama Da Horta a apresentar diversas versões de polpa, tomate triturado, concentrado de tomate, sumo e o mais recente gaspacho tradicional com um twist de morango, criado pelo chef Henrique Sá Pessoa.

 

Benefícios do tomate para todas as idades

Números à parte, consumir tomates é mesmo um hábito saudável dos países do sul da Europa que se espalhou pelo mundo. É um dos alimentos base da diversificada Dieta Mediterrânica e a identificação dos seus benefícios nutricionais e de promoção da saúde apenas veio confirmar as certezas que já existiam.

O tomate contém vitamina C e vitamina K, é muito pouco calórico, e é rico em licopeno, um poderoso antioxidante presente na membrana, que é facilmente absorvido no caso do consumo de tomates triturados, o que ajuda a reforçar a imunidade. Alguns dos benefícios do tomate passam também por ajudar a reduzir os efeitos da pressão arterial, ajudar no controlo do peso e do sistema intestinal, melhorar a saúde óssea, prevenir a anemia e o envelhecimento, e ainda ajudar a prevenir doenças do fígado e a controlar a diabetes.

 

Dieta Mediterrânica cheia de receitas de tomate

Na gastronomia, o tomate pode ser facilmente adicionado ao pequeno almoço, às fatias ou triturado, com azeite e pimenta do reino. Pode também ser usado em saladas; grelhado ou assado no forno; numa sopa de tomate ou como ingrediente extra noutras sopas; num gaspacho tradicional; em caldeiradas de peixe; em polpa ou concentrado em estufados ou assados de carne ou de peixe em fogo médio; como ingrediente de pão; em bolos e outras sobremesas.

Já para não falar do doce e do sumo de tomate, que além de acrescentarem possibilidades de consumo direto, aumentam ainda mais a sua versatilidade noutras bebidas e sobremesas. Não há limites para as possibilidades de comer tomate, basta criatividade no modo de confeção.

 

Muitas receitas, inúmeras variedades para as melhorar

Foi para atrair paladares cada vez mais exigentes que surgiram cada vez mais variedades, cores e sabores. Seja num mercado de agricultores ou na zona de legumes de um supermercado, encontram-se frequentemente mais variedades de tomate do que qualquer outro hortícola ou fruto. E como noutros tipos de alimentos, aparecem modas, novos tomates que se juntam aos tradicionais redondos e vermelhos - solitários ou em rama - aos chucha ou aos já clássicos tomates cereja.

Se há alguns anos reapareceu e ganhou fama o coração de boi, mais recentemente o Monterosa, que cruza uma espécie catalã com outra italiana, invadiu as lojas e as mesas com o seu sabor e as suas fatias incrivelmente desenhadas. E sabia que existem até tomates de inverno? São variedades com uma pele mais grossa, cultivadas até ao outono, tomates que resistem durante vários meses se forem guardados num local escuro e fresco.

 

Dicas e formas de consumir tomate de forma saudável

Um grande fã de tomates adora tratá-los como um fruto: basta levar inteiro à boca, depois de estar bem lavado, e trincar. À crocância da pele seguem-se a polpa suave e o sumo de sabor intenso, ligeiramente ácido. Como não apreciar?

Consumidos frescos, ao natural ou apenas com um ligeiro tempero, os tomates garantem a manutenção das suas propriedades nutricionais. Em saladas também asseguram os benefícios deste alimento. Mas mesmo em molhos, num tabuleiro no forno, ‘escondidos’ num creme de legumes ou desidratados, o consumo de tomate tem vantagens para o nosso organismo: a pele e as sementes ajudam a reforçar esses benefícios. O que não deve acontecer é serem comidos muito verdes, pois têm uma concentração mais elevada de solanina, uma toxina que pode provocar diarreia, respiração mais rápida ou diminuição dos batimentos cardíacos.

Nas formas de consumir o tomate, as versões trituradas ou de polpa oferecem uma vantagem: a concentração. Como são processados integralmente, com as sementes e a pele, garantem uma dose bastante superior de licopeno por litro. De 30 mg por kg nos tomates frescos, o licopeno pode atingir 150 mg por litro quando se trata de um sumo ou de um frasco de polpa.

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